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A doença celíaca é difícil de diagnosticar.
Há 3 formas distintas de intolerância ao glúten:
Aguda – forma mais severa, correspondendo à forma mais facilmente identificável.
Subaguda – doença menos grave que a intolerância aguda, torna-se mais difícil de diagnosticar uma vez que os sintomas são pouco específicos.
Insidiosa – os sintomas só aparecem tardiamente. Em geral, é descoberta no seguimento de outra patologia.
A intolerância ao glúten é difícil de diagnosticar dado que os sintomas podem ser muito variados.
Uma das manifestações mais habituais é a má absorção dos nutrientes.
Os sintomas clássicos:
Diarreia
Flatulência
Distensão abdominal
Má digestão
Perda de peso
Outras manifestações mais difíceis de relacionar com a intolerância ao glúten:
Fadiga crónica
Irritabilidade
Vómitos
Dificuldade de concentração
Existem outros menos frequentes: edemas, mas também problemas hepáticos, do sangue, das articulações, da dentição e mesmo neurológicos
Para completar a lista, a parede intestinal ao estar afetada, deixa passar mais alergéneos. O sistema imunitário é por isso mais solicitado em caso de intolerância. Estes doentes estão mais sujeitos a alergias múltiplas que as pessoas não intolerantes.
Uma doença por vezes silenciosa
Outra dificuldade para o médico reside no facto de, geralmente, a pessoa não sofrer mais de um ou dois sintomas ao mesmo tempo. Em certos casos nem sequer há sintomas: a doença é por isso silenciosa.
Diagnóstico e despistagem
Diagnóstico mais fácil na criança
No caso das crianças, os sinais característicos da intolerância ao glúten são evidentes: queda da curva de crescimento do peso, e a “barriga inchada”, são reveladores desta patologia.
No adulto, o diagnóstico leva geralmente mais tempo. Os sintomas podem ser indicadores de outras doenças mais frequentes, e o médico vai pensar primeiro nestas, antes de fazer os testes de intolerância ao glúten.
Testes diagnóstico simples e eficazes
Como exame clínico, o médico começará com uma análise ao sangue. Se os resultados indicarem a intolerância ao glúten, será prescrita uma biópsia. Só a biópsia do intestino delgado, mostrando a atrofia das vilosidades, permite estabelecer com segurança o diagnóstico de intolerância ao glúten.
O tratamento da intolerância: a dieta sem glúten
Até à data, não existe nenhum tratamento médico nem medicamentoso para tratar a intolerância ao glúten.
Só uma dieta totalmente isenta de glúten pode evitar os riscos a longo prazo.
Este regime para ser eficaz, deve começar no dia do diagnóstico. Ele deve ser continuado por toda a vida, totalmente isento de glúten.
O que se entende por regime sem glúten?
O regime de evicção consiste em consumir somente alimentos sem glúten. Neste caso, a proteína responsável pela degradação do tecido intestinal não se encontra presente. Contudo, o glúten é proveniente de alguns cereais (trigo, centeio, aveia e cevada) e estes estão presentes em muitos produtos alimentares correntes.
Produtos interditos na dieta sem glúten:
O glúten está presente em alguns cereais, trigo, centeio, cevada e aveia, 4 cereais usados para fabricar um sem número de alimentos: Pão, massas, bolachas, biscoitos, etc….
É necessário estar muito atento na escolha dos alimentos disponíveis no comércio pois o glúten pode estar presente sob diversas formas:
Diretamente – trigo, centeio, cevada, aveia, boulgour, triticale, espelta, kamut, etc…que se encontram nas farinhas, sêmolas e flocos, e todos os derivados;
Indiretamente – amido, amido modificado, malte que se encontram em iogurtes de frutos, cremes, molhos, etc…..
Produtos autorizados na dieta sem glúten
Uma vez estabelecida a intolerância ao glúten, a equipa médica pode estabelecer uma alimentação isenta de glúten, mas em todo o caso bastante diversificada. Assim, o arroz, soja, batata, quinoa, teff ou o trigo mourisco (ou sarraceno) são alimentos autorizados para o celíaco.
Atenção à contaminação cruzada!
O intolerante ao glúten tem cuidado em não consumir alimentos sem glúten. No entanto alguns comportamentos levam á ingestão fortuita de glúten:
Má leitura dos rótulos dos produtos
Utilização de utensílios, tendo já servido para preparação de alimentos com glúten…
Esta contaminação cruzada compromete a dieta, expondo o celíaco às mesmas consequências que uma pessoa que não faça dieta.
O futuro?
Hoje, as causas desta patologia não estão totalmente conhecidas. Parece por isso difícil antecipar prováveis tratamentos.
Apesar de toda a investigação a decorrer, a dieta é a única forma de controlar esta patologia.
Legislação relacionada com a intolerância ao glúten
«Sem glúten» = inferior a 20 ppm
A menção «sem glúten» não significa uma ausência total de glúten, dado que as contaminações cruzadas e os testes de deteção não permitem uma garantia de 0 ppm (partes por milhão).